Terça-feira, 29 de Julho de 2008

Valpaços - Árvores ornamentais

Um dos assuntos que sempre mereceu a minha preocupação e sobre o qual, em tempo, fiz alguns reparos, tem a ver com as árvores que vão (nalguns casos nem sequer vão, por terem desaparecido definitivamente) povoando os nossos passeios e espaços de lazer e, não há muitos dias, senti mesmo um arrepio pelo corpo provocado por uma intervenção que os jardineiros andavam a produzir nas amoreiras da minha rua, as quais, até aí, iam dando alguma sombra a quem por aqui passa. Imaginem só que alguém deve ter determinado (os operários do município têm certamente superiores hierárquicos com formação na área) a limpeza de todas os ramos interiores das àrvores, de tal forma que os raios de sol que até essa altura eram contidos pela copa passaram a incidir livremente mo espaço que anteriormente ficava à sombra.

 

Eu já tinha desconfiado que haverá quem não queira que as pessoas se livrem da canícula abrigando-se debaixo das árvores a quem, pensava eu (quão ingénuo ainda continuo a ser!) seria dada essa função, para além, naturalmente,  da  ornamental.

 

 

Mas, como se isso não bastasse, lembraram-se de introduzir na nossa flora urbana uma espécie, julgo que se trata da Catalpa - se não for essa é, pelo menos da mesma família - que, ela própria, repele aqueles que tiverem a ousadia de se recolheres sob a sua copa. De facto, as suas folhas produzem uma excrecência viscosa que projectam para o chão e que, como bem se compreende, não só deixa essse espaço não transitável como, se cair sobre as pessoas, deixará pelo menos, uma nódoa na roupa. O efeito é, aliás, bem visível nas fotografias que se seguem.

 

 

 

 

Em tempo oportuno voltarei aqui para dizer o que penso e, sobretudo o que pensa quem sabe, acerca da poda das árvores do nosso quotidiano descontentamento.

 

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publicado por riolivre às 23:05

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Segunda-feira, 21 de Julho de 2008

Valpaços - Rua Marechal Carmona

É verdade que já há bastante tempo que não aproveitava este espaço para estabelecer o contacto com quem por aqui passar, sobretudo gente de ou ligada a Valpaços, o que, naturalmente, pode ter implicado, desde logo, alguma crítica, quanto mais não seja, por não estar a dar cumprimento ao "contrato" que, afinal, havia estabelecido inicialmente.

Mas também não deixa de ser verdade que nem sempre tem havido disponibilidade/disposição nas doses necessárias tendo em conta que a minha intenção também não era nem pretende ser a de, tão só, despejar aqui qualquer coisa, sem cuidar do interesse que possa vir a ter para quem possa dar-se ao trabalho de por aqui passar, de visita, suscitando quem quer que seja para situações que me pareça importante trazer à liça, quer pelo que de bom representam, quer mesmo, quando achar que não constituirão algo que, do meu ponto de vista, seja assim tão positivo.

Com efeito, há uns tempos largos a esta parte, lembrei-me de fazer umas fotografias   da Rua Marechal Carmona, não exactamente para falar deste antigo Presidente da República, com longos mandatos durante o Estado Novo e que terá o seu nome inscrito nesta rua da cidade por ter sido casado com uma senhora natural de Serapicos, mais do que pelo cargo que ocupou, embora se saiba que só não nasceu em Izei, do concelho de Chaves, como as suas irmãs, por mero acaso (os seus pais tinham ido a Lisboa e, na altura de dar à luz, a sua mâe teve de o fazer exactamente na capital.

A minha ideia, contudo, era trazer aqui o edifício que ainda é conhecido dos valpacenses como edifício dos serviços florestais. E foi preciso chegar-me às mãos o Boletim Municipal (um dos elementos de propaganda que a nossa Câmara, como todas as outras, aliás, edita com o dinheiro dos contribuintes e que não serve senão para os já conhecidos auto-elogios da edilidade) para me avivar a memória sobre esse exemplar da arquitectura de oitocentos.

 

 

Situado numa das artérias principais da cidade (estende-.se desde a Igreja Matriz até ao limite do quarteirão onde está o Mercado Municipal) este prédio terá sido mandado erguer por uma das famílias de vendedores ambulantes oriundos do Minho que, com o incremento que o negócio ia tendo depois da elevação de Valpaços a concelho, acharam por bem estabelecer-se na então vila e aí desenvolver as suas relações comerciais.

A casa foi herdada pelo pai do Engenheiro Castro Saraiva (mais tarde presidente da Câmara) que aí instalou a Pensão Universal (ainda se pode ler esta designação inscrita sobre a porta principal) talvez na década de trinta do século passado. O rés-do-chão mantêve-o arrendado a algumas famílias da terra que já aí exerciam o comércio desde o início do século, destacando-se os comerciantes Zé dos Reis, Ricardo Mourão, Júlio dos Reis, João Gomes e Alfredo Martins.

Numa altura em que presidia aos destinos do País o sucessor de Carmona, Craveiro Lopes, em que o governador civil de Vila Real era o valpacense de Sanfins coronel Sequeira e no tempo em que o Engenheiro Castro Saraiva já tinha assumido a presidência da câmara, este, tratou da cedência do edifício que, também ele, havia herdado, ao então Ministério da Economia, para aí serem instalados os Serviços Florestais, cujos, estariam sob a sua responsabilidade.

Há não muito tempo a Câmara Municipal fez a aquisição do edifício e prometeu para o local a instalação de uma Biblioteca Munoicipal. Cépticos como fomos habituados a ser nestas coisas da política vimos o tempo ir passando sem que se vislumbrasse qualquer indício de que a promessa poderia vir a ser cumprida. Mas eis que, o tal Boletim Municipal que já referi acaba por trazer a boa nova e nos dá a saber que estará em fase de adjudicação um projecto que, afinal, para além da tão necessária Biblioteca Municipal, irá contemplar um auditório (esperamos muito sinceramente que não seja igual ao do Multitiusos!) e o tão importante como absolutamente necessário Arquivo Municipal onde, infelizmente, já ninguém terá acesso a um acervo documental de vital importância para a história do concelho e para o seu estudo porque um qualquer inquisidor (parece que era vereador da Cultura - mas qual cultura?), há uns anos atrás, se lembrou de o depositar ao relento e, depois de publicamente se saber do caso, o ter mandado queimar como se de lixo vulgar se tratasse (também esta atitude ficará para a história de Valpaços).

Vamos, pacientemente, acreditar e esperar que as obras comecem mesmo em Novembro deste ano e que, rapidamente, os valpacenses e não só tenham, finalmente, acesso aos documentos que podem guiar-nos pela história do concelho e da cidade.

 

 

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publicado por riolivre às 15:49

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